Ilustração INISTA de Neli Maria Vieira
(Para José Alcides Pinto)
(Para José Alcides Pinto)
Quando levantei-me da cama,
numa manhã de novembro de l937,
molhado pela gosma fétida da placenta,
vi logo um cangambá no meio do meu caminho.
Esse bicho nojento
secou o leite de minha mãe,
comeu a minha papa rala,
tomou a minha sopa insossa,
cercou o meu caminho.
No início tinha uma enorme pedra
e um cangambá no meu caminho.
Drummond, um iniciante,
que já era uma sombra imensa,
quis roubar o meu primeiro verso.
Queria passar. Mas como?...
Se no meio do meu caminho
tinha uma pedra e esse cangambá nojento
sempre a me olhar?...
“Tinha uma pedra”
“tinha uma pedra”
“tinha uma pedra”
“tinha uma apedra”
ali, no centro do meu caminho,
e um cangambá nojento
sempre a me olhar.
Por que deus e o DIABO
que nunca foram meus amigos,
permitiram que um cangambá nojento,
uma pedra grande e mais um cacto repelente
ficassem ali plantados
no centro do meu caminho?...
Toca Filosófica, 23/9/2002
Um comentário:
Poema absolutamente ridículo e malconcebido. Nem mesmo um poetastro sob forte diarreia mental conseguiria conceber tal imundícia!
Verdadeiro fenômeno...
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