sábado, 15 de março de 2008

“ANDANÇAS COM SALVADOR BAHIA” EIS O LIVRO!...


Ilustração INISTA de Neli Maria Vieira


" Vai sempre atrás do Sol - mesmo na sombra "

Nietzsche

I

Faço este poema. Bom ou ruim,
isto pouco ou nada importa .
A meu modo e de mais ninguém.
Poema?... Isto é mesmo um poema?...
Ora, ora, tudo é e não poema
pra falar de um homem:
um sujeito sério, um homem bom,
quase santo. Um filósofo da amizade,
amigo de todos. Mesmo de deus e do Diabo.

II

“Ecce Homo” escreve e muito bem.
Possui alguns livros publicados,
que merecem ser lidos, divulgados:
são livros que falam da vida,
do dia-a-dia, dos seres humanos,
das praças, das ruas, da vida,
dos vira-latas, dos cheiros;
das suas intermináveis caminhadas,
das viagens, dos comes e bebes,
dos apressados viandantes
que passam por este vale de lágrimas;
dos seus amigos, dos seus mortos.

III

Da parentaia, do seu torrão natal,
do seu trabalho, da política,
dos pobres, dos desvalidos,
dos ratos, dos gatos, dos passarinhos,
das frutas, das coisas simples das ruas
dos estacionamentos, dos advogados, dos automóveis,
das florzinhas nas frinchas das pedras,
dos operários que plantam pomares
no meio do burburinho da cidade
e da sua imensa vontade de viver.

IV

Antonio Possidonio Sampaio -
Dr. Possy, este homem é você,
que merece não somente flores,
como quer o poeta em sua canção,
porém uma estátua em vida.

V

Escrevi estas tortas linhas
com os olhos rasos dӇgua,
após virar a última página
do teu belo e sonoroso poema
“Andanças com Salvador Bahia” ,
livro duas vezes objeto:
pois ao mesmo tempo em que é livro,
também é um pedaço de chocolate
ou ainda um taquinho do mais alvo
e suculento docinho de coco baiano,
que apetece a todos os paladares.

VI

Um livro comum, sem frescurites,
sem “cortes”, sem formalismos,
com toda a simplicidade de seu autor,
que toca fundo no cerne, no âmago
da sensibilidade do leitor.

VII

Mestre, meu grande mestre !...
Seria capaz de vender a alma ao Diabo,
a exemplo daquele perssonagem goetheano
ou mesmo um taco do braço esquerdo
para escrever um livro sonoro,
assim como a água da fonte,
simples, comum, terra-a-terra,
igualzinho a este teu belo " SALVADOR BAHIA " .

Toca Filosófica, 21/l/2007

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