sábado, 15 de março de 2008

"GRANDE GILBERTO", CONTRADITÓRIO, PARADOXAL, MAS SEMPRE GRANDE


Ilustração INISTA de Neli Maria Vieira

(Para Iracema M. Régis, gilbertiana, como eu)



"Grande Gilberto!..."
Sinto, vejo e revejo extasiado,
aqui no Museu da Língua Portuguesa,
em São Paulo, bem longe do teu Recife
um pouco da tua genialidade:
os teus escritos primitivos,
teus cadernos de receitas,
os quadros da tua ingenuidade,
as tuas condecorações,
recebidas mundo afora,
onde teus textos foram reconhecidos.
Enfim, "grande Gilberto!..."
Teus vários livros, dos quais,
notei que me faltam quatro deles,
na minha já vasta gilbertiana.
A tua correspondência, os móveis
e mais a tua voz gostosa,
cheia de pernambucanidade, brasilidades...

Gilberto, "grande Gilberto!..."
Estou certo de que a tua memória,
juntamente com alguns dos teus livros,
tais como casa Grande & Senzala, Sobrados e Mucambos,
Nordeste, Perfis de Euclides e outros perfis,
quer os teus adversários queiram ou não,
permanecerão pelo menos enquanto existir em nossa terra,
alguém que soluce a Língua Portuguesa,
essa bela e plástica "Flor do Lácio".
Feliz de um povo, de um País, que se deixa guiar
por um pensador com a tua sabedoria, a tua perspicácia
e a tua sensibilidade de brasileiro
com tino de universalidade.

Toca Filósofica, 10/2/2008

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