sábado, 15 de março de 2008

POEBOMBA

" Cem sóis flamejam no horizonte "
Maiakovski

Quero um poema lunático,
límpido e transparente,
pra cantar meu povo;
um poema explosão,
feito de ácido urânio,
de cogumelo adesivo
e diamante combustão,
que rasgue as vísceras do problema.

Quero um poema estereotipado,
um poema espada aguda,
um poema felino predatório,
pra destroçar com ira
os ladrões, os corruptos,
as cobras, as hienas,
que comem as vísceras do meu povo.

Quero um POEBOMBA
poluído e leprosante
de 9.000.000 de megatons,
de l00. 000. 000 de Hiroximas,
pra fulminar os feitores,
que comem as vísceras do meu povo.

Quero um poema terremoto,
um poema furacão,
convulso e vulcânico;
um poema diluvial,
fim-de-mundo,
um poema dicionário,
que corte a face da terra,
que risque a pata do mapa;
um poema fóssil,
um poema cristal,
um poema ósseo,
um poema bisturi,
que extirpe as vísceras
dos corruptos e dos ladrões,
das cobras e das hienas
que as carnes do meu povo comem.

Toca Filosófica, 9/2/l978

Um comentário:

Anônimo disse...

ALERTA AOS LEITORES, AMIGOS E AFETOS DE:
ARISTIDES THEODORO
No triste, bizarro, patético e infeliz atentado de relacionar o Escritor e Poeta Aristides Teodoro (já com 13 obras editadas) e um ícone expoente em integridade e inteligência de singular caráter.
Bem como, cidadão, morador, conhecido e reconhecido em Mauá, onde reside e, das seis cidades que compõem o grande ABCDR e Rio Grande da Serra e da grande São Paulo, bem como, de muitos, que respiram a expectativa de lerem, relerem suas obras já escritas e de suas futuras.
Alguém que, com seus atos de vingança gratuita, merece os refletores apagados da vergonhosa treva, do verme canalhada da hipocrisia promíscua, do acento no banco dos réus do machismo, da manipulação ordinária e do preconceito intrínseco e flagrante em suas sorrateiras ações que a inveja e o ciúme o alimenta.
Esse ser que vive em razão de perseguir aquele que constrói e que vegeta á sobra da covardia, tenta – inutilmente – convencer, negligenciando a inteligência e capacidade de analise de muitos, que Aristides Theodoro jaz no campo da inverdade, falência financeira, como se o dinheiro alimentasse o âmago desse poeta de cinqüenta anos de produção de beleza emocional e literária.
Claro que não vamos aqui declinar o nome da já declinada criatura. Mas temos, como servidores voluntários que o somos, daquilo que chamamos de dignidade e simpáticos para com aquilo que emana da verdade. Advogar a favor da causa chamada e clamada por muitos de... Aristides Theodoro.
Até por que como já diz a máxima das máximas em relação à sociologia antropológica: Cada um fala, faz e dá aquilo que seu coração esta cheio.
Aristides Theodoro... É em nome de sua obra e de tudo que a mesma nos alimenta de esperança, graça, prazer, ensinamento e aprendizado que lhe pedimos. Perdoe esse infeliz que não consegue viver sem aceitar teu merecido sucesso.
Cecél Garcia
21/07/12